Por terras alentejanas é perfeita a relação existente entre os pratos regionais criados pelas gentes desta terra e os vinhos aqui produzidos. Os tão diversificados sabores da gastronomia típica são reflexo do sábio aproveitamento e combinação de excelentes ervas aromáticas, do azeite e do pão.
Nas soberbas entradas nunca falta o tradicional pão alentejano, acompanhado de azeitonas, queijo de cabra ou de ovelha e os afamados enchidos de porco preto…
Ao longo dos tempos, a cozinha regional alentejana tem sido enriquecida, em grande parte, pelas influências de um clima de caraterísticas acentuadas que, quer no verão, quer no inverno, sempre delineou os contornos do modo e da qualidade de vida do povo alentejano. O recurso à imaginação e do que está à mão sem grandes custos foi a solução perfeita.
Assim apareceram à mesa das cozinhas dos montes e pequenas aldeias a Açorda alentejana, as Migas de espargos bravos com ovos, as silarcas, a Favada, as Migas de porco, o Ensopado de borrego ou os belíssimos pratos de caça confecionados com coelho, lebre, perdiz ou javali.
A seleção do vinho é atualmente uma arte promovida pelos inúmeros produtores com reputação a nível internacional. A aliança entre a gastronomia e os vinhos alentejanos foi eleita pelos turistas como um dos principais atrativos, que fazem do Alentejo um destino de eleição.
Os vinhos brancos secos e frutados são perfeitos para acompanhar as entradas, bem como as diversas sopas quentes à base de pão tão apetecidas no inverno. Já os tintos, caraterizados pelo toque da madeira, são a escolha ideal para acompanhar o borrego assado no forno e todos os pratos de caça. Desengane-se quem pensar que o tinto combina apenas com os pratos principais. Este apresenta-se igualmente como a companhia perfeita para saborear os tão famosos doces conventuais feitos à base de ovos, açúcar, amêndoas e nozes.